As quatro grutas artificiais da Quinta do Anjo são monumentos funerários de caraterísticas únicas, integráveis no Neolítico Final (há cerca de 4 500 anos) e que continuaram a ser utilizadas como locais de enterramento coletivo durante a Idade do Cobre. Durante cerca de 1 500 anos estas estruturas serviram de local de enterramento e de rituais funerários a uma população de pastores e agricultores que habitava os povoados circundantes.
Foram escavadas por António Mendes, sob orientação de Carlos Ribeiro, em 1876, crendo-se que poderão ter existido trabalhos anteriores.
Juntamente com os vestígios ósseos, recolheram-se no local outros objetos como pontas de seta em sílex e em cobre, machados de pedra polida e placas de xisto decoradas. As populações desta região conheceram e desenvolveram a técnica da cerâmica campaniforme, decorada a pontilhado. Estas taças, pela sua originalidade morfológica e decorativa e pelo fato de as primeiras se terem recolhido na região palmelense, ficaram conhecidas nos meios científicos como Taças Tipo Palmela.
A jazida é conhecida internacionalmente devido à originalidade da cerâmica aí encontrada e classificado como Monumento Nacional em 1934.